terça-feira, 25 de setembro de 2012

Câmara Temática de Trânsito: em prol da segurança no trânsito





No dia 20 de setembro, foi instalada oficialmente a Câmara Temática de Trânsito, da Associação Comercial do Paraná - ACP.



É uma satisfação muito grande poder participar de um grupo de pessoas que realmente estão interessadas em agir em prol do trânsito de Curitiba.
Para isto, a Câmara conta com pessoas e instituições realmente comprometidas em fazer e manter ações de longo prazo para diminuir os acidentes e mortes no trânsito.



Quero compartilhar com vocês alguns dos objetivos da Câmara:
  • reunir pessoas e instituições comprometidas em buscar um trânsito mais seguro para toda a sociedade curitibana;
  • atingir toda a população curitiba por meio de ações educativas, tendo o apoio das instituições que participam da ACP;
  • ser um braço de apoio para as campanhas da Década de Ações para a segurança no trânsito da ONU  e OMS, que acontecem em Curitiba;
  • ser referência nacional no que diz respeito a ações efetivas em prol da segurança no trânsito;
  • compartilhar ações de sucesso com outras organizações, instituições ou governos que queiram aperfeiçoar suas campanhas e ações para a segurança no trânsito de suas cidades.
Estamos na fase de planejamento e definição de metas e esperamos que, em breve, possamos colher os frutos deste trabalho, tendo um trânsito mais seguro para todos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Congestionamentos urbanos: quem paga os custos?

R$ 25 bilhoes anuais é o que a cidade de São Paulo perde com seus congestionamentos, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas.
Até mesmo as pessoas que se deslocam mais a pé (38,1%) pagam ou sofrem as consequências do número excessivo de automóveis nas ruas das cidades.
Vale lembrar que mais 80% da população brasileira é urbana, 70% do espaço público é destinado ao transporte, então todos estão envolvidos no  problema do transporte.
Leia o artigo do jornalista Washington Novaes, e entenda esta questão de maneira mais ampla:
 
[O Estado de S.Paulo] Parece inacreditável, mas o alarme vem das montadoras de automóveis – as mais interessadas em vender seus produtos. Texto de Cleide Silva na edição de 13/8 deste jornal informa que o “excesso de automóveis (mais 80 milhões de veículos no mercado global este ano) já preocupa as montadoras no mundo” e por isso “o trânsito nas megacidades leva fabricantes a incentivar debate sobre saída para o caos”. Nesta mesma hora, o tema mal chega às campanhas para as eleições municipais no Brasil. E em São Paulo, embora documentos da Prefeitura mencionem a possibilidade de instituir a cobrança do pedágio urbano e haja até projeto a esse respeito na Câmara Municipal (Estado, 1.º/8), não há intenção concreta de avançar nesse rumo neste final de gestão.
Professor universitário especialista na matéria, trazido por uma das montadoras, o alemão Michael Schrekenberg impressionou-se com o caos paulistano e chegou a sugerir inspeções rigorosas de veículos para evitar quebras e interrupções no trânsito, controle das emissões de poluentes, ampliação dos acostamentos, criação de faixas exclusivas para carros com mais de uma pessoa, “trens para ligar regiões da metrópole às periféricas”.
As soluções, entretanto, terão de ser rápidas. São Paulo já tem frota de mais de 7,2 milhões de veículos, dos quais 3,8 milhões circulam diariamente. E não há regras para motocicletas. Este ano ficará na capital paulista grande parte dos mais de 3,6 milhões de veículos vendidos no País. O documento da Prefeitura que menciona o pedágio urbano em 233 quilômetros quadrados do centro expandido, com tarifa de R$ 1 (em Londres é de R$ 25), convive com outro da Secretaria de Transportes que prevê para isso investimento de R$ 15 milhões, assim como a construção de três garagens subterrâneas (na gestão municipal de Jânio Quadros, há décadas, foi prevista a construção de 12 garagens subterrâneas, mas só duas foram construídas).
Muito pouco para uma cidade onde a frota cresceu 3% (213,2 mil veículos) em um ano e para um Estado já com 23,5 milhões (1,31 veículo por habitante em São José do Rio Preto, 1,34 em Araçatuba, 1,39 em Ribeirão Preto, 1,41 em Jundiaí, segundo a CartaCapital em 31/7). Uma fila única dos veículos da capital teria mais de 20 mil quilômetros de extensão (Estado, 7/8), embora a rede viária local tenha apenas 17 mil quilômetros. A cidade perde R$ 55 bilhões anuais com congestionamentos, diz a Fundação Getúlio Vargas. No segundo semestre do ano passado, eles atingiram 226,2 quilômetros em um dia. Este ano baixaram para 184,8 (Estado, 9/8). Tecnologias como GPS, imagens de satélites e outras são cada vez mais comuns entre motoristas. Já os agentes municipais de trânsito só têm os próprios olhos para observar menos de 200 das 15 mil vias públicas (15/8). Apesar dos dramas, o Diário Oficial chegou a publicar texto desaconselhando o uso de bicicleta (12/7), alternativa que só cresce em tantos países.
Também fora daqui, a China – que já tem problemas graves com trânsito – implantou 20 mil milhas de vias expressas e 12 rodovias nacionais. Só em Xangai foram 1.500 milhas. Não por acaso, o país já é o maior produtor de carros. E sabe que até 2025 terá de pavimentar 5 bilhões de metros quadrados de rodovias (Foreign Policy, 17/8); até 2025, nada menos que 64% de sua população estará nas cidades (48% em 2010); 22 cidades terão mais de 1 milhão de habitantes. Sua frota de veículos poderá subir para 600 milhões em 2030.
Seria interessante que nossos planejadores/gestores lessem, por exemplo, documentos como A bicicleta e as cidades, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (2010), que aponta problemas cruciais. “Prevalece”, diz esse texto, “a visão de que a cidade pode expandir-se continuamente e desconsideram-se os custos de implantação de infraestrutura necessária para dar suporte ao atual padrão de mobilidade, centrado no automóvel, cujos efeitos negativos são distribuídos por toda a sociedade, inclusive entre aqueles que não possuem carros”. Entre os custos, a degradação da qualidade do ar (e seus reflexos nos custos da saúde pública, 5,9% dos orçamentos públicos), a contribuição para o aquecimento global, os desastres no trânsito. Hoje 70% do espaço público já é destinado ao transporte (há poucos anos a Associação Nacional de Transportes Terrestres mencionava 50%), embora apenas de 20% a 40% dos habitantes usem automóveis. As estatísticas do estudo dizem que 38,1% dos deslocamentos diários nas regiões metropolitanas brasileiras são feitos a pé; se forem considerados trajetos feitos em até 15 minutos, os deslocamentos sem automóveis sobem para 70%. Nas regiões metropolitanas como um todo, os deslocamentos em automóveis situam-se em 27,2%; em coletivos, 29,4%; a pé, 38,1%; em motos, 2,5%. E o transporte público no Brasil está em 50% do total, enquanto na Europa chega a mais de 80% (mas nos Estados Unidos a apenas 5%).
Outra consequência nefasta da ocupação do espaço público pelas estruturas viárias – avenidas, túneis, viadutos, etc., nas áreas centrais -, diz o documento, é forçar os habitantes a mudar-se para outras áreas habitáveis, o que, por sua vez, gera a necessidade de urbanização dessas novas áreas – com a pletora de custos que isso implica.
Das questões globais (aquecimento) às econômicas, sociais (injustiça com os setores sociais mais desfavorecidos e taxados pesadamente pelos custos), culturais, fiscais (isenção ou redução de impostos para veículos, sem nenhuma contrapartida), etc., tudo está envolvido nas questões do transporte, já que mais de 80% da população brasileira hoje é urbana. Não precisamos esperar que o drama se agrave, com a frota atual de veículos no País passando dos 37 milhões atuais para 70 milhões no fim desta década. Por mais complicada que seja, essa é uma tarefa para hoje.
Até as montadoras de veículos já sabem disso. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Palestra: Trânsito: o que é capaz de salvar uma vida?


TRÂNSITO: O QUE É CAPAZ DE SALVAR UMA VIDA?

Palestra disponível para "Semana Nacional do Trânsito" de 18 a 25 de setembro.
Palestrante:
Profª Msc. Êrica Elisa Nickel

Especialista em trânsito com mais de 10 anos de experiência na área de educação para o trânsito. Ministra aulas na pós-graduação em disciplinas pedagógicas e também de educação para o trânsito.
É consultora de projetos educativos para o trânsito e desenvolve materiais didáticos na área.
Contatos por e-mail e blog:
educatransitoericanickel.blogspot.com

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Projeto Cidadania em Trânsito

Educar para um trânsito mais humano e seguro, com foco no comportamento diferenciado das pessoas, é o maior objetivo deste Programa desenvolvido pela Vianello Comunicação, em parceria com a ONG Anamob, Agência Nacional em Mobilidade, que trabalha na área de educação para o trânsito, mobilidade e acessibilidade, sediada em Curitiba.

Este Programa pretende atender alunos da Educação Infantil (pré-escola) ao Ensino Superior, por meio de material didático que trata o trânsito de maneira transversal, nos conteúdos curriculares.
 Joinville é a primeira cidade onde o Projeto foi implantado, por meio de uma parceria entre a Gidion Transporte e Turismo S/A e a Anamob. Há muito tempo a Gidion, que presta serviços de transporte público à cidade de Joinville, tinha o ideal de promover educação para o trânsito para as crianças. Por meio da parceria com o Projeto Cidadania em Trânsito, foi possível customizar um Programa que estivesse alinhado aos ideais da Gidion e às necessidades de Joinville.

Neste Programa, são atendidos alunos do 4º ano das escolas de Ensino Fundamental de Joinville, em Santa Catarina. Para 2013, que pretende ampliar o atendimento também aos alunos do 5º ano.

A meta para 2012 é atender aproximadamente 5 mil alunos da rede de ensino de Joinville. Quer alcançar, em 10 anos, toda a população de Joinville considerando que as crianças são multiplicadoras de boas ideia, informação e comportamento, mas é preciso educá-las ensinando como agir com cidadania e segurança no trânsito.

A consultoria técnica-pedagógica para a elaboração do projeto e implementação foi dada por mim, Êrica Nickel, devido à experiência há 15 anos com educação para o trânsito. Uma experiência maravilhosa!

A Gidion Turismo e Transporte S/A investiu em seu próprio espaço físico para receber as crianças para aulas educativas de trânsito e cidadania. Preparou uma sala de aula toda equipada para as aulas com as crianças.

No pátio da empresa, construiu um Deck educativo, espaço acessível para aulas sobre as boas práticas da Gidion de preservação do meio ambiente. Também criou um Circuito Prático de Trânsito, com ruas, calçadas, sinalização para a prática do comportamento seguro e regras de circulação para o pedestre.

Foi preparado um ônibus exclusivo para o programa, com cinto de segurança e acessibilidade, que busca os alunos e os leva de volta para a escola.

Foi criado, por meio da Vianello Comunicação, um material didático com cartilha e brindes educativos, que é entregue a cada criança no final da aula.

Todo o espaço foi pensado e construído para ter acessibilidade, o que facilita a participação de crianças com deficiência, muitas delas inclusive já participaram do programa este ano.

A aprendizagem das crianças é avaliada ao final da aula e o programa como um todo é acompanhado e avaliado por meio da minha consultoria.

Neste processo, tornaram-se parceiros a Secretaria de Educação de Joinville e a Conurb, que, especialmente, disponibilizou os agentes de trânsito, educadores empenhados e comprometidos com um trânsito mais humano e seguro. Atualmente é a Escola Pública de Trânsito do IITRAN, atual autarquia de trânsito de Joinville, quem assumiu esta parceria.

Esperamos que os resultados possam contribuir para a diminuição de acidentes de trânsito em Joinville a curto, médio e longo prazo. Muito mais do que isto, queremos formar cidadãos que usem o transporte público com cidadania e saibam transitar com segurança, seja como pedestres, ciclistas, ou futuro condutores.

Aguardo seu comentário!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

bicicleta: meio de transporte, de promoção à saúde ou fator de acidentes de trânsito?

Projeto da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) revisa trabalhos científicos que abordam o ciclismo como meio de transporte e saúde, além de discutir as questões da segurança no trânsito e da implantação de políticas públicas como fatores primordiais para a segurança do ciclista.
O texto a seguir analisa esses aspectos de maneira inteligente, vale a pena ler!

Ao longo dos anos, a bicicleta deixou de ser brinquedo de criança. Hoje, é considerada um meio de transporte de baixo carbono e benéfico para a saúde, além de ser uma importante ferramenta para o desenvolvimento sustentável do planeta. Mas até que ponto podemos perceber tais benefícios em prol da promoção da saúde? Com esse intuito, os pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Mauren Lopes de Carvalho e Carlos Machado de Freitas desenvolveram o estudo Pedalando em busca de alternativas saudáveis e sustentáveis, uma revisão dos trabalhos científicos que tratam da relação entre o ciclismo como meio de transporte e a saúde pública. A Ensp, por sua vez, também investe no tema, por meio do projeto Pedalando pela sua Saúde, pelo Nosso Planeta, que, desde 2008, incentiva o uso de bicicletas como transporte no campus da Fiocruz. Com isso, a escola se mantém na vanguarda das ideias voltadas para uma visão de saúde pública mais ampla, que inclui qualidade de vida, promoção da saúde, valorização da pessoa, saúde mental e preocupação com a gestão ambiental.

As constantes preocupações mundiais com a situação ambiental, bem como o aumento do sedentarismo nas populações – que provoca doenças coronarianas, diabetes tipo 2 e obesidade infantil, entre outras –, têm estimulado a busca do ciclismo como uma das alternativas para o transporte urbano. “O chamado transporte ativo (TA), ou seja, meios de transporte à propulsão humana (caminhadas, bicicletas, triciclos, patins, skates e até cadeiras de rodas), ganha a cada dia mais adeptos”, destacam Mauren Lopes e Carlos Machado. Segundo os pesquisadores, além de não gerar poluição atmosférica e sonora, o TA ocupa menos espaço físico que os automóveis, apresenta um menor custo econômico e permite a prática da atividade física sem exigir tempo extra diário das pessoas.
Apesar dos benefícios para a promoção da saúde, o uso das bicicletas como meio de transporte pode ampliar o risco de acidentes. No entanto, isso não impede o fortalecimento de políticas públicas de valorização desse veículo em diferentes países. Para investigar essa questão inicial, os autores utilizaram artigos publicados nas bases PubMed, Lilacs e SciELO, das quais selecionaram 66 trabalhos para análise.

Bicicletas pelo mundo

Dos 66 artigos selecionados, 46 abordam diretamente ciclismo e saúde pública e tratam de questões específicas: segurança do ciclista; uso do capacete entre ciclistas; fatores que estimulam ou inibem o uso da bicicleta como meio de transporte; avaliação de programas e políticas públicas específicas para estimular o TA; entre outros assuntos. Já os 20 restantes, que abordam o tema indiretamente, desenvolvem questões mais genéricas: segurança no trânsito, incluindo a segurança de pedestres, ciclistas e motoristas de diferentes veículos; história do controle de lesões de todo tipo, incluindo lesões por acidentes de bicicleta; cidades saudáveis; políticas para integrar saúde e transporte; e efeito da atividade física estruturada e não estruturada sobre a saúde.
Com base nas análises, Mauren Carvalho e Carlos Machado destacam que, nos países da América Latina, América Central e África, a bicicleta é usada como transporte principalmente nas periferias e tem papel importante em pequenos comércios. Além disso, levantamento realizado pela extinta Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes (Geipot), mostrou que aproximadamente dois terços da frota de bicicletas no Brasil é utilizada como modo de transporte de trabalhadores. “Em Bogotá, capital da Colômbia, a implementação de 291,3 quilômetros de ciclovias, além de outras intervenções para favorecer o uso da bicicleta como meio de transporte, foi capaz de atrair usuários de todas as classes sociais. No caso da China, a bicicleta é usada como meio de transporte pela maior parte da população há muitos anos, porém seu uso vem reduzindo com o desenvolvimento econômico e o aumento do número de automóveis”, ressaltam.
Após essa análise, os autores classificaram os artigos em três grandes temas: segurança no trânsito e segurança do ciclista; políticas públicas e intervenções urbanas para promoção da saúde e do ciclismo; e efeitos do exercício físico e do ciclismo na saúde do indivíduo e das populações.

 “A segurança do ciclista depende diretamente da segurança do trânsito”, argumenta Carlos Machado. Segundo ele, isso não pode ser tratado de forma isolada, pois se torna uma política insuficiente. “Há uma urgente necessidade de políticas públicas com intervenções urbanas para promover o uso de bicicletas e educação no trânsito e, assim, favorecer a saúde. Muitas pessoas pensam na bicicleta somente como uma alternativa de lazer. Entretanto, o levantamento comprovou que, no Brasil, em quase 70% dos casos a bicicleta é utilizada como meio de transporte de trabalhadores. Portanto são, simultaneamente, acidentes de trabalho. Obviamente, esses números não estão concentrados nas metrópoles, e sim nas cidades pequenas e periferias das grandes cidades”, alerta.
Machado aponta que, como os países em desenvolvimento concentram a maior parte de acidentes de trânsito fatais, eles apresentam também os maiores percentuais de acidentes de bicicleta no conjunto de tais acidentes. Conforme levantado, “de todos os acidentes de trânsito, a maior parte foi contabilizada na América Latina. Entre eles, 4% a 11% envolvem bicicletas. Os números mundiais apontam ainda que o Canadá e os Estados Unidos somam 1% dos acidentes e, na Europa, esse número gira em torno de 3% a 5%”, esclarece Carlos Machado.
Segundo o pesquisador, o interesse pelo uso de bicicletas tem crescido no Brasil e no mundo. No entanto, não foram encontrados estudos brasileiros, no âmbito da saúde pública, que diagnosticassem e avaliassem este uso como parte de uma política pública saudável e sustentável. “Portanto, com este artigo, buscamos ressaltar a necessidade de conhecer os números do nosso país. Esses dados conectam não apenas o transporte ativo como promoção da saúde, mas de uma promoção da saúde que reduza o número de carros na rua, a poluição, o número de acidentes e muitas outras questões.”
Os autores concluem que o padrão de utilização da bicicleta como meio de transporte ocorre de forma bastante heterogênea, mas com potenciais maiores impactos nos países em desenvolvimento. Assim, recomendam ser necessário um conjunto maior de estudos de avaliação de políticas públicas sobre o uso de bicicletas, já que, do total de 29 trabalhos que trataram do tema políticas públicas, somente seis eram estudos de avaliação. “Consideramos que, a fim de contribuir para a construção de políticas cicloviárias eficientes (otimizando os recursos públicos), eficazes (que promovam o uso da bicicleta como meio de transporte em grande escala, tornando os meios urbanos e a população mais saudáveis) e que garantam efetividade social (oferecendo melhores oportunidades de transportes e com mais segurança, especialmente aos grupos sociais mais vulneráveis), torna-se fundamental o investimento não só em estudos epidemiológicos, mas também em estudos de avaliação de políticas públicas”, encerram.

Mauren Lopes de Carvalho é fisioterapeuta e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes/Fiocruz). Carlos Machado de Freitas é pesquisador e coordenador do Cepedes/Fiocruz.

Informe Ensp / Agência Fiocruz de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 26/07/2012

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/07/26/projeto-revisa-trabalhos-que-abordam-o-ciclismo-como-meio-de-transporte-e-a-saude-publica/

Publicado em 26 de julho por HC

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Congresso Internacional de Trânsito - 2012

Excelente evento, mais de mil pessoas participaram! 
Em Porto Alegre, dos dias 17 a 19, várias cidades do Brasil: Curitiba, Teresina, Belo Horizonte, Palmas, Campo Grande, Porto Alegre, São Paulo, trouxeram suas experiências deste primeiro ano de "Década Mundial de Ações para Segurança no Trânsito" da ONU e OMS.  As cidades mostraram como fizeram suas pesquisas para diagnosticar as principais causas dos acidentes de trânsito e o que têm feito para reduzir acidentes graves e mortes no trânsito.
Durante o evento também conferenciaram representantes da França, Espanha, Argentina, Austrália e posso dizer que o que mais me chamou a atenção foi a maneira como um dos distritos da Austrália vem combatendo há 20 anos os acidentes de trânsito. A estratégia é utilizar campanhas educativas fortes, mostrando o que realmente acontece nos acidentes e o que os causa. O slogan é "Conte a verdade, mostre a realidade". A conferencista foi Janet Dore (CEO da Transport Accidente Commission/Australia). Também aliam às campanhas, a fiscalização e educação para o trânsito.
Pude conhecer muitas pessoas realmente comprometidas com as mudanças no trânsito, preocupadas em realizar um diagnóstico e estatísticas mais eficientes e atacar os problemas de maneira mais pontual. Assim, quem sabe os resultados também se tornam mais eficazes. Muitos estavam lá participando e divulgando seu trabalho de educação para o trânsito, livros publicados, campanhas, etc.
Muito aprendizado e troca de experiências, valeu a pena!



Cidadania: “não seja o DJ do ônibus”


Algumas pessoas gostam de ouvir música pelo celular dentro do ônibus sem fones de ouvido.

O pior é que você pode até ficar longe do indivíduo, mas a música fica “bombando” dentro do ônibus todo, sem piedade.

Então, pensando em educar as pessoas a cidade de Porto Alegre resolveu lançar uma campanha, colocando cartazes dentro dos ônibus urbanos para ver se esta falta de educação diminui. O slogan é “não seja o DJ do ônibus” e a frase que segue é “Respeite os outros passageiros. Use fones de ouvidos para escutar a música de seu gosto. Nem todos apreciam o mesmo estilo musical.”

Achei muito interessante e resolvi fotografar e comentar neste blog.

Quero aproveitar para incrementar as dicas de cidadania no ônibus, para que este espaço seja usado da melhor maneira possível:

no embarque:

·         Tenha sempre à mão o cartão de transporte ou o dinheiro trocado para a passagem, isso agiliza aquelas filas enormes;

·         Respeite a fila ou a vez de chegada para entrar ou sair do ônibus;

·         Dê a sua vez para idosos, gestantes, pessoas com crianças de colo ou pequenas, pessoas deficientes ou com dificuldade para andar. Ajude no que for possível para facilitar o embarque.

Dentro do ônibus:

·         Respeite sempre o motorista;

·         Segure na mão sua mochila ou objetos maiores ao passar na catraca e durante o trajeto;

·         Use as palavras mágicas: com licença, obrigado, desculpe;

·         Não sente nos assentos preferenciais;

·         Quando não há assentos preferenciais suficientes, ofereça o seu lugar; 

·         Se estiver sentado, ofereça ajuda para segurar algum pacote ou bolsa;

·         Evite movimentos bruscos com os braços;

·         “Não seja o DJ do ônibus”;

·         Fale baixo.

No desembarque:

·         Aperte a campainha com antecedência;

·         Dirija-se à porta, ou fique próximo dela somente quando estiver chegando ao ponto de desembarque;

·         Desça os degraus somente quando o ônibus estiver totalmente parado;

·         Use o corrimão e desça sem correr e sem pular degraus;

·         Para atravessar a rua, aguarde o ônibus sair, fique atento e obedeça as regras de trânsito para o pedestre.



Você sabia?

O deslocamento de uma motocicleta emite 16 vezes mais gases causadores do aquecimento global do que o mesmo deslocamento feito por um ônibus.

O número de pessoas transportadas por um único ônibus equivale a 70 carros na rua. Imagine como seria o trânsito se cada pessoa quisesse transitar com seu carro particular!

(Obs: estas dicas foram tiradas da “Cartilha do aluno” do Projeto Cidadania em Trânsito de Joinville – SC)

 Quem quiser aumentar a lista de dicas fique à vontade!!

Até o próximo Blog!